Durante a preparação do festival Lollapalooza, em São Paulo, cinco trabalhadores foram resgatados em condições análogas à escravidão. Os profissionais atuavam como carregadores de bebidas em jornadas exaustivas de 12 horas por dia e eram obrigados a dormir em cima de papelão e paletes para vigiar a carga, sem receber papel higiênico, colchão ou equipamento de proteção.
A operação de resgate foi realizada pela Superintendência Regional do Trabalho no Estado de São Paulo, que constatou que os trabalhadores não tinham os registros trabalhistas exigidos por lei. Os profissionais prestavam serviço para a Yellow Stripe, empresa terceirizada contratada pela Time 4 Fun, dona do Lollapalooza no Brasil.
A organizadora do evento divulgou uma nota afirmando que tem como prioridade garantir condições de trabalho adequadas para todos os envolvidos no festival e que exige que todas as empresas prestadoras de serviço façam o mesmo. No entanto, é importante que as autoridades fiscalizem e punam as empresas que descumprem a lei e submetem trabalhadores a condições degradantes. A sociedade deve estar atenta e denunciar situações de trabalho escravo e exploração.