Caso Miguel: mãe e madrasta condenadas a mais de 50 anos de prisão

Tribunal do Júri em Tramandaí, RS, emite sentença após dois dias de julgamento.


Condenação: mãe e madrasta recebem penas extensas

O Tribunal do Júri da Comarca de Tramandaí, no Litoral Norte do RS, condenou Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, mãe de Miguel, e Bruna Nathiele Porto da Rosa, madrasta, a penas que ultrapassam meio século de prisão. Yasmin recebeu a sentença de 57 anos, 1 mês e 10 dias, enquanto Bruna foi condenada a 51 anos, 1 mês e 20 dias de detenção pelos crimes de tortura, homicídio e ocultação de cadáver.


Detalhes do julgamento

O julgamento ocorreu durante dois dias no Salão do Júri do Foro da Comarca de Tramandaí, com sessões realizadas em 4 e 5 de abril. A leitura da sentença foi feita pelo juiz de direito Gilberto Pinto Fontoura, mantendo as rés sob custódia, embora elas possam recorrer da decisão.

Yasmin e Bruna no Tribunal do Júri em Tramandaí — Foto: Juliano Verardi – DICOM/TJRS

Contexto do crime

O trágico acontecimento ocorreu em 2021 na cidade de Imbé, quando Miguel dos Santos Rodrigues, de apenas 7 anos, foi brutalmente assassinado. Segundo a acusação, o crime foi motivado pelo temor de que a presença do menino atrapalhasse o relacionamento entre Yasmin e sua então companheira, Bruna Nathiele.


Declarações no tribunal

Durante o julgamento, tanto Yasmin quanto Bruna fizeram declarações chocantes. Yasmin relatou ter encontrado seu filho já sem vida e roxo, enquanto Bruna admitiu sua responsabilidade pela tortura psicológica do menino, mas negou qualquer envolvimento na morte.

“Eu sou um monstro. Na verdade, eu sou muito monstro. Porque, se eu estou aqui hoje, é porque eu errei pra caramba. Se eu tô aqui, tá todo mundo aqui, é porque eu fui péssima como mãe, como ser humano. Mas eu jamais imaginei que que ela pudesse fazer isso”, disse.


Desfecho trágico

O corpo de Miguel nunca foi encontrado, após ter sido supostamente colocado dentro de uma mala e jogado em um rio de Imbé, onde a família residia na época do crime.


Justiça e dor

A condenação das acusadas traz algum alívio à dor dos familiares de Miguel, mas não apaga a tragédia que ceifou a vida de uma criança indefesa e deixou marcas indeléveis na comunidade.


Aviso: O conteúdo acima contém descrições de violência e pode ser perturbador para alguns leitores.

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