São Roque do Paraguaçu é vetor de novo polo naval na Bahia

Lideranças comunitárias tentam alinhar desenvolvimento industrial e social

São Roque do Paraguaçu, na saudosa Maragojipe, município do Recôncavo baiano, vivencia um momento único em sua história. A retomada das atividades do canteiro de obras da Petrobras e o início da implantação do Estaleiro Enseada do Paraguaçu consolidaram uma nova dinâmica econômica e social na região. Contudo, há carência ainda na área de educação, o que vem motivando lideranças da comunidade a buscar intervenções do poder público.

“Mesmo com todas as implicações positivas que tais empreendimentos possam trazer para a região do Recôncavo, o município de Maragojipe e o distrito de São Roque do Paraguaçu não serão notadas se não houver uma preparação das localidades e de seus habitantes para as novas transformações e o novo cenário promovido pela reativação das indústrias naval e offshore na Bahia”, afirmou Luciano Estevam, líder comunitário.

Estevam chegou a entregar um ofício ao senador baiano Walter Pinheiro (PT), solicitando a ampliação do Colégio Estadual Kleber Pacheco e a reforma e reativação da antiga Escola Agroindustrial. Para ele, tal iniciativa deverá estruturar o município e a localidade para “o novo panorama”.

O Colégio Kleber Pacheco é a única instituição escolar que oferece as modalidades de ensino fundamental II, ensino médio e EJA no Distrito de São Roque do Paraguaçu, e atende não só o distrito, mas a toda população de São Roque e Enseada, até Barra do Paraguaçu.

Já a Escola Agroindustrial, que foi construída na década de 1950 e possuía uma ótima infraestrutura dotada de salas de aula, quadra poliesportiva, cine-teatro e biblioteca, foi desativada e encontra-se completamente sucateada. Atualmente, a antiga escola é denominada Centro Estadual de Educacional Profissional do Vale do Paraguaçu.

A partir da retomada das atividades de construção no Canteiro da Petrobras e da consolidação do Estaleiro na localidade de Enseada, na avaliação do líder comunitário, a região observa um incremento populacional, em virtude da migração de trabalhadores de outros municípios e outros estados.

“Aliado à necessidade de educação formal e de qualificação profissional da população local, junta-se a necessidade de atender às famílias desses trabalhadores, que em muitos casos se mudam para a localidade juntamente com sua família, e matriculam seus filhos em escolas do município”, disse.

Luciano Estevam mencionou ainda o projeto de ampliação da escola, proposto pela Prefeitura de Maragojipe. Segundo ele, o prefeito Silvio Ataliba (PT) tem buscado a aprovação da proposta junto ao governo do estado. “Necessitamos de um retorno, pois o maior prejudicado nesta demora é a população estudantil que tanto necessita de uma educação de qualidade”, ressaltou o maragojipano.

Foto: Carlos Eduardo Freitas/SD
Redação
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