Fôlego novo para São Roque…

Construído em 1978 o canteiro de São Roque do Paraguaçu, o único próprio da Petrobras deve ganhar novo fôlego para além de 2011, quando terminam as obras de construção das plataformas P-59 e P-60, jack-ups de perfuração a carga do consórcio UTC/ Odebrecht. A petroleira já estuda oferecer a área à empresa vencedora da concorrência para a construção das duas jaquetas que serão destinadas ao projeto definitivo do reservatório de Siri, no campo de Badejo, na Bacia de Campos.

As unidades terão capacidade para produzir 50 mil barris/dia cada e devem ser licitadas no próximo ano, sendo entregues entre 2013 e 2014. O sistema definitivo de Siri contempla ainda a utilização de um FPSO para estocagem e processamento do óleo. O navio-plataforma será afretado pela petroleira.

O canteiro também deve abrigar, no próximo ano, a construção do primeiro Módulo para Operação de PIGs (MOP-l) da Petrobras, que deverá estar apta a operar em 2012. Recentemente licitada pela petroleira, a jaqueta será utilizada para a movimentação de PIGs no gasoduto Sul-Norte Capixaba, que vai escoar a produção de gás natural do pré-sal do Parque das Baleias até o campo de Camarupim, de onde seguirá para a Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC).

O consórcio Promon/MCE apresentou o menor preço na concorrência da Petrobras para a construção do empreendimento. A proposta do consórcio prevê a construção da jaqueta, obra que deve durar cerca de 12 meses em São Roque.

Como o canteiro tem hoje capacidade para absorver a construção de uma unidade simultânea a P-59 e P-60, as chances de o empreendimento ir para o canteiro são grandes. “Existe uma possibilidade muito grande de a obra ser feita aqui”, anunciou o gerente de Implementação de Empreendimentos para Roncador, Ricardo Barbosa, durante evento na Federação das Indústrias da Bahia (Fieb). A expectativa é que o contrato para a construção da unidade seja assinado em novembro.

A vontade de manter São Roque ocupado pós-P-59 e P-60 é tão grande que o governo baiano pediu que a Petrobras ceda a área do canteiro para o Estado da Bahia. A idéia é repassar o local a investidores dispostos a construir empreendimentos offshore no canteiro. Até o momento a Petrobras não respondeu ao pleito e não parece estar disposta a abrir mão do canteiro.

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