Escrivã da Polícia Civil de MG, vítima de assédio, é encontrada morta

Rafaela Drumond, de 31 anos, teria sofrido assédio moral e sexual por colegas de trabalho antes de cometer suicídio.

A trágica morte de Rafaela Drumond, uma escrivã de 31 anos da Polícia Civil de Minas Gerais (PC-MG), chocou a comunidade local. Dias antes de sua morte, ela teria sido vítima de assédio moral e sexual por parte de colegas de trabalho. O corpo de Rafaela foi encontrado sem vida pelos pais na última sexta-feira (09/06), no distrito de Antônio Carlos.

De acordo com o Registro de Eventos de Defesa Social (Reds) da Polícia Militar, o caso foi registrado como suicídio. O pai da vítima, Aldair Drumond, relatou que o comportamento de sua filha havia mudado nas últimas semanas. Rafaela, que costumava visitar os pais a cada 15 dias, demonstrava tensão devido aos estudos para um concurso visando o cargo de delegada.

O Sindicato dos Escrivães da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindep-MG) confirmou que existem denúncias de assédio moral e sexual contra Rafaela, além de pressão no ambiente de trabalho. Segundo o sindicato, a escrivã entrou em contato com o jurídico da instituição na semana anterior ao ocorrido, relatando o assédio que vinha sofrendo, mas não houve tempo hábil para intervir na situação antes de sua morte.

Aldair Drumond está inconsolável e exige que o caso seja esclarecido. “Busquei ela na terça-feira passada e na sexta-feira aconteceu toda essa tragédia. Fiquei perdido, não entendi o que aconteceu com a minha filha. Ela era uma menina cheia de vida, tinha um emprego e, de repente, ocorre essa tragédia. Senti como se tivesse ido para outro mundo e voltado. Nós a enterramos no sábado, e no domingo ficamos vagando até que na segunda-feira saiu essa notícia sobre o que aconteceu no trabalho dela. Quero que esse caso seja elucidado”, desabafou o pai.

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