Zinho negociou rendição por 1 semana com a PF, e estado fez ‘operação de guerra’ para transferi-lo; miliciano está em cela isolada

O g1 e a TV Globo apuraram que um comboio com pelo menos 50 homens foi mobilizado para a escolta entre Benfica, porta de entrada do sistema penal fluminense, e Bangu 1, presídio de segurança máxima a 35 km dali.

A defesa de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, procurou a Secretaria Estadual de Segurança Pública há cerca de 1 semana para pedir um contato na Polícia Federal (PF) a fim de negociar a rendição do chefe da maior milícia do RJ e até então o criminoso mais procurado do estado.

O g1 e a TV Globo obtiveram detalhes de como Zinho se entregou na sede da PF no fim da tarde deste domingo (24). Nem 10 pessoas sabiam dessas negociações, e, depois que a PF o deixou na porta de entrada do sistema penal fluminense, em Benfica, a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) fez uma operação de guerra e que mal levou 1 hora para transferir Zinho ao Complexo Penitenciário de Gericinó.

Comboio e transferência

Um comboio com pelo menos 50 homens do Grupamento de Intervenção Tática (GIT), do Serviço de Operações Especiais (SOE) e da Divisão de Busca e Recaptura (Recap), todos da Seap, foi mobilizado para levar Zinho da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio, para a Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino, conhecida como Bangu 1, de segurança máxima, na Zona Oeste.

O processo de fichamento e o traslado entre as duas prisões — em um trajeto de 35 km — durou pouco mais de 1 hora. Agentes da PF deixaram Zinho em Benfica pouco antes das 23h. À meia-noite, o miliciano já estava em Bangu 1.

Isolado em Bangu 1

Zinho está isolado em uma cela de 5 m² e, num primeiro momento, não terá direito a banho de sol.

A cama é de alvenaria, inteiriça à parede, com um colchão. A mesma estrutura dá numa pequena cômoda onde são servidas as refeições. O criminoso está na galeria reservada a milicianos.

Cinco anos foragido

Foragido desde 2018, Zinho tinha 12 mandados de prisão em aberto e, após negociaçõesse apresentou na Superintendência Regional da PF no Rio de Janeiro.

Nos últimos meses, a PF realizou várias operações para prender o miliciano — a última delas foi a Operação Dinastia 2, no último dia 19, que teve 5 presos e a apreensão de 4 armas, além de R$ 3 mil em espécie e celulares, computadores e outros aparelhos eletrônicos.

O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, comemorou a prisão por meio do X (antigo Twitter). “Parabéns à Polícia Federal! É trabalho, trabalho e trabalho”, disse na publicação.

Por G1

Siga o Divulga Maragogipe no Google Notícias, Facebook, Instagram e Twitter e receba as principais notícias do dia. Participe também do nosso grupo no WhatsApp.

O que você achou dessa notícia?

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Rolar para cima