A polícia da Bahia identificou “algumas possíveis vítimas” em sua investigação sobre uma suposta fraude financeira cometida por funcionários da TV Record. A investigação revelou que o crime envolveu arrecadar doações para pessoas vulneráveis por meio de campanhas promovidas nos programas da emissora, mas não repassar o dinheiro para quem precisa.
As potenciais vítimas serão ouvidas na Delegacia de Repressão aos Crimes de Estelionato Cibernético, localizada no bairro Nazaré, em Salvador. Representantes de um jogador de futebol que supostamente doou dinheiro por meio do pix também serão ouvidos na unidade especializada.
Caso o desvio de recursos seja confirmado, a polícia vai apurar a possibilidade de a falta de recursos ter resultado na inviabilização do tratamento, agravamento de doenças ou até mesmo na morte de uma criança a quem se destinava uma das campanhas.
A investigação está sendo conduzida como um caso de fraude eletrônica. A quantia em dinheiro envolvida e o número de vítimas ainda não foram divulgados pela polícia.
“A Record/TV Itapoan, ao receber as denúncias, apura os fatos e tomará todas as providências legais cabíveis no caso.”
Na segunda-feira, o apresentador do programa Balanço Geral Bahia, José Eduardo, abordou o assunto.
“Neste momento, a Record Tv Itapoan e nosso departamento jurídico estão trabalhando para localizar e identificar os responsáveis. E que prevaleça a justiça, porque nada vai nos abalar”, afirmou.
O Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) pediu cautela nas reportagens sobre a investigação, afirmando que é preciso ter “cuidado e rigor na apuração jornalística desse fato, para evitar pré-julgamentos e implicações, visando preservar o grupo de jornalistas profissionais que exercem suas funções com ética na Rede Record no Estado.” O sindicato também pediu que a emissora seja transparente no tratamento do assunto para evitar danos à imagem da profissão.