ONG paulista acusada de exploração sexual de menores cobrou entrada, vendeu álcool e drogas

Uma ONG em Paulista, uma cidade na área metropolitana de Recife, Brasil, que alegou ajudar menores de 18 anos vulneráveis, foi exposta como explorando sexualmente meninas menores de idade. A organização cobrava taxas de entrada e vendia álcool e drogas para seus convidados.

Após um mês de investigação, a Polícia Civil de Pernambuco realizou uma operação policial no sábado, 18 de março, que resultou na prisão do presidente da ONG e de seis adultos (quatro homens e duas mulheres), além de três adolescentes, dois deles de 17 anos e um de 14 anos. O presidente da ONG teria sido o principal envolvido na atração e testagem de adolescentes, após o que elas foram disponibilizadas para clientes que pagaram uma taxa de R$ 50.

A investigação, que está a cargo da 1ª Delegacia de Crimes contra a Criança e o Adolescente, foi iniciada após denúncia anônima do Ministério Público.

Durante a operação, que recebeu o nome de “Pool Party”, a polícia encontrou três adolescentes no local, junto com bebidas alcoólicas e maconha. Além disso, câmeras de segurança e três celulares foram apreendidos como prova.

Segundo a polícia, há indícios de que mulheres maiores de 18 anos também possam ter praticado prostituição no local, mas isso ainda não foi confirmado. Um homem com uma criança de cinco anos também estava presente no momento do ataque, mas não há evidências que sugiram que alguma criança tenha sido explorada sexualmente.

O presidente da ONG foi autuado em prisão temporária e em flagrante delito de promoção da prostituição ou outras formas de exploração sexual de criança, adolescente ou pessoa vulnerável, bem como fornecimento de bebidas alcoólicas a menores. Após uma audiência de custódia, ele foi detido sob custódia por um juiz.

A Secretaria de Políticas Sociais e Direitos Humanos da Câmara Municipal de Paulista emitiu nota se desvinculando da ONG.

No primeiro bimestre de 2023, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, 103 crianças de até 11 anos foram abusadas sexualmente em Pernambuco, enquanto 133 casos de abuso sexual foram registrados entre adolescentes de 12 a 17 anos.

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