Melatonina: o hormônio do sono que ajuda na saúde feminina e fertilidade
A melatonina, também conhecida como “hormônio do sono ou da escuridão”, produzida principalmente pela glândula pineal, tem um papel fundamental na regulação do sono e afeta diversas funções cerebrais, imunológicas, gastrointestinais, cardiovasculares, renais, ósseas e endócrinas. Além disso, ela atua como um potente antioxidante e regulador mitocondrial, o que tem levado a um aumento da conscientização sobre sua importância para a saúde feminina.
Segundo o médico ginecologista Dr. Jorge Valente, a falta ou insuficiência de melatonina está relacionada à infertilidade e a doenças estrógeno-dependentes, como a Síndrome do Ovário Policístico (SOP), a Falência Ovariana Prematura (FOP) e a endometriose. Isso porque o hormônio controla a função ovariana através da regulação da liberação e produção dos hormônios sexuais.
Além disso, estudos têm levantado a suspeita de que a melatonina está relacionada à maturação do folículo ovariano e tem uma participação importante na regulação do crescimento folicular. Mulheres que possuem SOP, FOP e endometriose podem se beneficiar da ação anti-inflamatória da melatonina, que também ajuda na proteção embrionária, melhora a qualidade do endométrio e a qualidade do óvulo, diminui a sensibilidade à insulina e alivia os sintomas das tensões pré-menstrual.
Por isso, é importante dormir bem, em condições adequadas e pelo tempo necessário para cada indivíduo, e adotar um estilo de vida saudável, com dieta equilibrada e prática regular de exercícios, para garantir a produção adequada de melatonina. No entanto, a suplementação deste hormônio deve ocorrer apenas se houver indicação médica e após uma avaliação clínica individualizada.