A reforma de quatro embarcações do sistema ferry boat, na Base Naval de Aratu, Região Metropolitana de Salvador, está em estágio avançado. O Agenor Gordilho se prepara para sair do dique seco e terminar o reparo mecânico. Isso abre espaço para o início da recuperação do Rio Paraguaçu. O Pinheiro terminou a primeira parte da recuperação externa, com retirada da ferrugem e pintura especial. Já o Juracy Magalhães, que estava em pior estado, passou por recuperação estrutural do casco, recomposição do sistema de propulsão e mudança na disposição do saguão de passageiros.
A previsão é que em dezembro próximo os quatro navios estejam em funcionamento e o serviço da travessia São Joaquim – Bom Despacho volte ao normal. Em janeiro, a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) planeja reformar o Ipuaçu, que seria o último ferry a ser recuperado.
O vice-governador e secretário de Infraestrutura, Otto Alencar, visitou, nesta quarta-feira (14), a Base Naval e conferiu o andamento do trabalho que recupera as partes externa e interna e os motores das embarcações. “Estamos fazendo um serviço de boa qualidade, com engenharia naval de primeira. Trocamos peças, recuperamos o casco e buscamos todos os meios para colocar as sete embarcações em funcionamento no verão”, disse Alencar.
“O Juracy funcionava de forma instável, o que representava risco para os usuários. Tivemos que refazer toda a parte de motor, hélice e propulsão e estamos criando um saguão de passageiros com ar-condicionado e espaço para 300 pessoas na parte de baixo”, explicou Múcio Coelho, engenheiro naval responsável pela reforma dos ferries.
O dique seco da Base Naval de Aratu está entre os maiores da Marinha do Brasil e foi cedido ao Estado para a reforma dos ferries. O lugar permite a realização da completa recuperação das embarcações. A previsão é que, depois da reforma, eles fiquem pelo menos cinco anos sem necessidade de reparo.(SECOM)