O estado registra 54 suspeitos mortos em setembro, enquanto a Anistia Internacional pede a suspensão das operações policiais.
A Bahia enfrenta um preocupante aumento da violência, com um total de 54 suspeitos mortos apenas no mês de setembro. Além disso, um policial federal, Lucas Caribé, perdeu a vida em uma operação na periferia de Salvador há 12 dias.
Nas últimas 24 horas, a onda de violência resultou em tiroteios que causaram pânico entre os moradores de Amaralina, no nordeste do estado, e levaram à queima de um ônibus em Paripe, danificando a rede elétrica e deixando alguns moradores sem energia.
De acordo com o Major Vinícius Pereira, o ataque ao ônibus parece ter relação direta com uma intervenção policial realizada anteriormente, na qual seis indivíduos fortemente armados confrontaram as autoridades, resultando em um deles ferido e hospitalizado.
A violência também se estendeu a outros municípios, como Acajutiba, a 200 km de Salvador, onde cinco homens morreram em um confronto com a Polícia Militar. Segundo a PM, esses indivíduos estavam escondidos em uma área de mata e abriram fogo contra os policiais.
Em Lauro de Freitas, nesta quarta-feira, mais confrontos resultaram na morte de dois suspeitos durante uma ação da Polícia Civil.
A escalada da violência na Bahia afetou a vida cotidiana, levando ao cancelamento das aulas para mais de mil alunos no Complexo do Nordeste de Amaralina, com ônibus precisando alterar seus itinerários.
Diante desse cenário, a Anistia Internacional Brasil fez um apelo pela suspensão das operações policiais na Bahia, destacando que o “combate ao crime organizado não é licença para matar”. Até o momento, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia não se manifestou sobre a situação.
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