Ativista ambiental Greta Thunberg é detida durante protesto contra parques eólicos na Noruega

Nesta quarta-feira (1º), a ativista climática sueca Greta Thunberg foi detida duas vezes durante uma manifestação em Oslo, na Noruega. Ela juntou-se a grupos indígenas e ambientalistas para protestar contra dois parques eólicos construídos em pastagens de renas Sami, o único grupo indígena reconhecido na União Europeia. Dezenas de manifestantes bloquearam o acesso aos prédios do governo norueguês para pedir a demolição das turbinas eólicas e a restauração das pastagens de renas.

Os parques eólicos da região de Fosen são compostos por 151 turbinas eólicas que se estendem por 86 metros e são considerados entre os maiores parques eólicos terrestres da Europa. O povo Sami afirma que sua tradição secular de pastoreio de renas está ameaçada pelos parques eólicos, que roubam as pastagens das renas e afetam sua infraestrutura, incluindo estradas.

Em outubro de 2021, o povo Sami garantiu uma vitória legal quando a Suprema Corte da Noruega decidiu que as licenças do parque eólico eram inválidas. No entanto, as turbinas ainda estão operando quase um ano e meio depois, e o governo norueguês ainda está avaliando como garantir os direitos dos Samis em Fosen.

O caso levanta um dilema crescente em relação à transição verde: como implementar políticas climáticas sem passar por cima dos direitos indígenas e do meio ambiente. A Noruega, que prometeu reduzir seus níveis de poluição do planeta para 55% abaixo dos níveis de 1990 até 2030, tem na energia eólica uma plataforma importante na transição de energia verde. Em 2020, mais de 90% de sua eletricidade foi gerada por meio de hidrelétricas e a eólica, que aumentou 10 vezes na última década, foi responsável por 6,5%.

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