Projeção exata da Salvador-Itaparica, com 12,4 km e 90 metros de altura
Tanto em Salvador como na banda sudeste do Recôncavo, a área que vai da Ilha de Itaparica a Santo Antonio de Jesus, ainda pairam muitas dúvidas, às vezes até a descrecença: e a ponte Salvador-Itaparica sai ou não sai?
E os descrentes tem até razão. Tanto já se falou nessa ponte que quando se pensou que ia começar, veio a pandemia e estragou a festa. E afinal de contas, quando é mesmo que vai começar.
— Não vai começar, já começou. Temos uma equipe de 80 pessoas, baianos e chineses, empenhada nos projetos complementares. E já investimentos já vão em R$ 71 milhões.
Palavra de Cláudio Vilas Boas, baiano, engenheiro químico, o Ceo da Concessionária Ponte Salvador-Itaparica (nome provisório), a ponta do consórcio chinês CRCC e CR-20 que lá vai gastar R$ 7,5 bilhões. O escritório fica no Ed. Ceo Corporate, ao lado do Salvador-Shopping.
— Não é uma ponte que vamos construir e sim um novo sistema viário para a Bahia que começa na ponte.
Primeira estaca —-Segundo Cláudio, quando se fala em ‘ponte começar’ obviamente se referem a hora em que a primeira estaca vai ser batida. Isso só em 2023, até porque apareceram novas demandas, como a dragagem na Baía de Todos os Santos, que vai custar algo em torno de R$ 150 milhões, já em vias de começar., uma exigência da Marinha.
Três canteiros, um em Salvador, outro na ilha, em Gameleira e outro em Maragogipe, em São Roque do Paraguaçu, nos quais serão construídas 110 mil toneladas de armações arrumadas em 660 mil metros cúbicos de concreto e 37 toneladas de aço acima e abaixo de 160 pilares.
Na ilha —Claudio ressalta que é uma obra grande, com impacto em todo o território baiano. A ponte em si terá 90 metros de altura (equivalente a um prédio de 30 andares), mas objetivamente estará se abrindo a conexão de Salvador com o sul da Bahia, o que inaugura também um novo tempo na economia estadual.
A ilha de Itaparica, por exemplo, terá duas vias, mas nela foi feito um completo estudo sócio-ambiental que revelou 70 mil espécies vegetais e 130 terreiros de candomblé. A ideia é preservar, mas disso tudo só se tem uma certeza, agora vai.
Fonte: Levi Vasconcelos/Portal A Tarde