Presidente da Fundação Palmares visita o Cais do Valongo e destaca importância da ocupação humana para preservação do patrimônio histórico

O Cais do Valongo, antigo porto de escravos no Rio de Janeiro e patrimônio mundial desde 2017, recebeu a visita do presidente da Fundação Palmares, João Jorge Rodrigues, que destacou a importância da ocupação humana para a preservação do local. João Jorge, que também visitou o Pelourinho em Salvador, considerou a experiência de revitalização desse espaço como uma referência para as discussões sobre o Cais do Valongo.

O Cais do Valongo foi revelado em 2011 durante obras de revitalização da zona portuária do Rio de Janeiro e foi o maior porto receptor de escravos do mundo, com mais de um milhão de africanos desembarcando ali. O local faz parte do circuito cultural Pequena África, que inclui outros espaços históricos como o Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira, o Instituto Pretos Novos e a Pedra do Sal.

O presidente da Fundação Palmares ressaltou a importância da ocupação humana dos espaços históricos para evitar sua deterioração com o tempo. Ele citou a transformação do Pelourinho em Salvador, que passou de um local de dor para um polo de efervescência cultural, como exemplo de como a ocupação pode contribuir para a preservação. João Jorge também enfatizou a resistência africana e a necessidade de destacar as histórias de alegria e sobrevivência dos africanos no Brasil.

Nos últimos anos, o Cais do Valongo tem sido motivo de preocupação, com ações judiciais movidas pelo Ministério Público Federal para garantir o cumprimento de compromissos assumidos com a Unesco quando o local recebeu o título de Patrimônio Mundial. O governo de Jair Bolsonaro extinguiu o comitê gestor participativo e o plano de gestão, o que gerou temores de perda do título.

Além do Cais do Valongo, o galpão do Armazém Docas Dom Pedro II, também parte do circuito Pequena África e sob responsabilidade da Fundação Palmares, foi mencionado como necessitando de um projeto mais ambicioso de revitalização, uma vez que se encontra bastante deteriorado e fechado ao público.

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