Militares flagrados em invasão no Planalto acompanharam Bolsonaro em viagens presidenciais

Sete dos nove militares que aparecem nas imagens gravadas pelas câmeras de segurança do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro atuaram diretamente na segurança do presidente em viagens presidenciais, incluindo motociatas e eleições.

Sete dos nove militares flagrados nas câmeras de segurança do Palácio do Planalto durante a invasão golpista de 8 de janeiro atuaram diretamente na segurança do presidente Jair Bolsonaro em viagens presidenciais, incluindo motociatas e eleições. De acordo com dados do Portal da Transparência, o capitão José Eduardo Natale, que aparece dando água aos invasores, acompanhou Bolsonaro em uma viagem a Juiz de Fora para o lançamento da campanha eleitoral em agosto de 2021 e à Rússia em fevereiro de 2022. Já o general Carlos Feitosa Rodrigues integrou a comitiva presidencial na viagem à Moscou. Ele é o responsável pelo “alerta laranja” na véspera da invasão, que levou à redução do efetivo de segurança no Planalto.

Além disso, o coronel Wanderli Baptista da Silva Júnior esteve entre os seguranças enviados a Nova York para acompanhar Bolsonaro na ONU em setembro de 2022. Alexandre Santos de Amorim, André Luiz Garcia Furtado, Alex Marcos Barbosa Santos e Laércio da Costa Júnior também serviram como seguranças em viagens de Bolsonaro. O coronel André Furtado, por exemplo, acompanhou Bolsonaro em uma motociata em São José do Rio Preto em fevereiro de 2021. O tenente Alex Marcos Barbosa seguiu Bolsonaro na viagem a Recife em agosto de 2022, também com direito a motociata.

A presença desses militares em viagens presidenciais levanta questionamentos sobre a segurança do presidente e a possível participação deles em ações políticas. A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo traz à tona a relação desses militares com Bolsonaro e como eles podem ter influenciado em sua conduta durante o período em que estiveram a seu serviço.

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