Grupo Carrefour Brasil exigirá câmeras de segurança após caso de agressão a casal acusado de furto

Grupo Carrefour Brasil expande o uso de câmeras de segurança para prevenir casos de violência e discriminação em suas unidades

O Grupo Carrefour Brasil anunciou que passará a exigir o uso de câmeras nos agentes de segurança de suas unidades, como medida preventiva após um incidente ocorrido em uma loja do Big Bompreço, localizada no bairro de São Cristóvão, em Salvador. No caso, um casal foi humilhado e espancado por seguranças do estabelecimento após ser acusado de furtar dois pacotes de leite.

No ano de 2021, o Grupo Carrefour já havia se destacado por implementar o uso de bodycams em suas lojas Carrefour, destinadas aos fiscais de prevenção que atuam no interior das lojas. Agora, essa medida será expandida tanto para os fiscais das demais bandeiras do grupo quanto para os seguranças terceirizados que atuam em áreas externas. Essa expansão se tornou necessária devido à legislação federal atual, que impede a internalização dos seguranças terceirizados.

A implementação das câmeras será concluída até o final deste ano e permitirá o acompanhamento das atividades realizadas pelos profissionais de segurança, contribuindo para a prevenção de casos de violência, discriminação e racismo.

O caso que motivou essa nova medida ocorreu no dia 3 de maio, no bairro de São Cristóvão, e foi registrado por meio de imagens obtidas e divulgadas pelo Informe Baiano. As imagens mostram que o casal, identificado como Jamille e Jeremias, foi agredido nas proximidades do estabelecimento. Além das agressões físicas, eles foram vítimas de agressões verbais por parte dos seguranças presentes.

No vídeo, Jamille afirma ter furtado os pacotes de leite porque precisava alimentar sua filha. Apesar de sua confissão e de sua evidente situação de vulnerabilidade social, ela é agredida fisicamente e xingada pelos seguranças. Em outro momento, Jeremias, morador de Itapuã, é chamado de “viado” e sofre agressões brutais com socos no rosto. Um dos agressores possui uma tatuagem na mão com o número 7.

Durante o ocorrido, uma pessoa que passava pelo local questionou o grupo de seguranças, mas foi repreendida e desencorajada a intervir. A Polícia Civil da Bahia, por meio da 12ª Delegacia Territorial (DT) de Itapuã, instaurou um inquérito policial para apurar as agressões e torturas sofridas pelo casal. Estão sendo realizadas diligências investigativas no estabelecimento comercial e em outros pontos da cidade, além da coleta de depoimentos e busca por imagens de câmeras de vigilância para identificar os envolvidos. As investigações estão sendo acompanhadas pela Coordenação Especializada de Repressão aos Crimes de Intolerância e Discriminação (Coercid).

Com essa nova exigência de câmeras de segurança, o Grupo Carrefour Brasil busca evitar casos semelhantes de

O que você achou dessa notícia?

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Rolar para cima