Eleições 2022: Voto útil em Lula não é o motivo para o recente crescimento de petista em pesquisas; saiba qual é

Candidato petista tem crescido em intenções de votos nas últimas pesquisas

A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem intensificado a estratégia do voto útil a fim de garantir uma vitória do petista ainda no primeiro turno contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).

No entanto, as pesquisas de intenção de voto ainda não trouxeram nenhum movimento relevante de voto útil a favor de Lula, uma vez que as candidaturas de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) têm oscilado dentro da margem de erro.

Por outro lado, Lula tem crescido nas pesquisas eleitorais e sua vantagem frente ao presidente Bolsonaro é de 17 pontos percentuais — como mostrou o Ipec (ex-Ibope) na segunda-feira (26).

Para o analista político Felipe Berenguer, da Levante Corp, a tendência de alta do ex-presidente nas últimas duas semanas pode ser explicada não pelo voto útil, mas, sim, pela queda de indecisos e de votos brancos e nulos.

“Algumas pessoas que não sabiam em quem votar acabaram se identificando com o Lula ou até mesmo aquelas que não iriam votar acabaram sendo convencidas”, disse.

Na pesquisa Ipec, por exemplo, o candidato petista avançou de 44% para 48% entre o início de setembro e a última segunda-feira (26). No mesmo período, os votos brancos e nulos recuaram de 6% para 4%, ao passo que Ciro oscilou 2 pontos percentuais (pp) para menos, e Tebet, 1 pp para mais.

Apoio de figuras públicas pode indicar onda de voto útil pró-Lula

Na mesma linha que o analista da Levante, o professor da FGV e cientista político Cláudio Couto mantém cautela ao falar do voto útil. Segundo ele, a baixa variação de Ciro e Tebet gera dúvidas sobre a relevância do fenômeno.

Couto, porém, destaca o posicionamento pró-Lula de figuras públicas como de Joaquim Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator dos processos do mensalão, e de Miguel Reale Júnior, autor do pedido de impeachment de Dilma Rousseff (PT).

“[Esses posicionamentos são] provavelmente uma onda de voto útil, mas não podemos medir o tamanho dessa onda — pode ser um tsunami ou uma marolinha”, conta.

Por MONEYTIMES

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