O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso preventivamente na manhã deste sábado, 22 de novembro de 2025, em Brasília. A prisão, executada pela Polícia Federal (PF), atende a um mandado expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e marca um novo e significativo capítulo na história política recente do país.
A detenção ocorreu por volta das 6h da manhã, em sua residência, e, segundo fontes da PF, o ex-presidente reagiu com tranquilidade ao cumprimento da ordem judicial. O comboio da Polícia Federal o conduziu à Superintendência da PF, onde ele passará por trâmites legais, incluindo o exame de corpo de delito.
O Motivo da prisão: Garantia da Ordem Pública
É crucial destacar que a prisão preventiva deste sábado não está diretamente ligada à condenação de Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, proferida em setembro e que ainda está em fase de recursos.
A medida cautelar foi determinada pelo STF, com o objetivo de garantir a ordem pública. A decisão veio após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocar uma vigília em frente ao condomínio do ex-presidente na noite anterior. A Polícia Federal avaliou que o ato representava um risco potencial à segurança dos participantes e dos agentes públicos, justificando a necessidade da prisão preventiva.
Bolsonaro já estava em regime de prisão domiciliar desde 4 de agosto, uma medida imposta pelo ministro Alexandre de Moraes por descumprimento de medidas cautelares anteriores. Na ocasião, Moraes citou o uso de redes sociais de aliados para divulgar mensagens de “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal”.
Repercussão e Próximos Passos
A notícia da prisão preventiva gerou intensa repercussão no cenário político nacional. A defesa de Bolsonaro informou que ainda não havia sido notificada oficialmente no momento da detenção e que irá recorrer da decisão. Na sexta-feira (21), a defesa havia protocolado um pedido ao STF para que o ex-presidente permanecesse em prisão domiciliar humanitária, alegando “quadro clínico grave” e “múltiplas comorbidades”.
A prisão preventiva, que é uma medida sem prazo determinado, mantém Bolsonaro sob custódia da PF em uma “sala de Estado” na Superintendência, um espaço reservado para autoridades. O desenrolar dos próximos dias será crucial para definir o futuro legal do ex-presidente e o impacto desse evento nas eleições e na política brasileira.
Siga o Divulga Maragogipe no Google Notícias, Facebook, Instagram e Twitter e receba as principais notícias do dia. Participe também do nosso grupo no WhatsApp.
