Sucessão é imediata e Charles é o novo rei

A Grã-Bretanha tem um novo rei e um novo chefe de Estado, assim como 15 outros países, incluindo Austrália, Canadá e Nova Zelândia, que também têm o monarca britânico como seu chefe de Estado: Charles Philip Arthur George. 

O longo reinado da rainha Elizabeth 2ª terminou no instante da sua morte. Naquele momento, o trono passou imediatamente para o filho mais velho, Charles, o príncipe de Gales.

Assim funciona a monarquia hereditária. A linha de sucessão é definida por leis que vêm dos séculos 17 e 18. Não há um segundo sequer em que o trono fique vago.

O novo monarca escolheu ser chamado de Charles 3º.

Existia expectativa que o príncipe poderia escolher ser chamado de George 7º, em homenagem ao avô, George 6º, que reinou durante a Segunda Guerra Mundial.

Proclamação

Caixão do rei George 6º em uma carruagem de artilharia
Legenda da foto, Funeral do rei George 6º, pai de Elizabeth 2ª, em 10 de fevereiro de 1952

A ascensão do novo rei ao trono será proclamada pelo Conselho de Ascensão no Palácio de St. James, no período de 48 horas após o anúncio da morte da rainha.

Esta é a única ocasião em que todo o Conselho Privado, formado por cerca de 500 notáveis, entre ministros atuais e antigos, é convocado.

Após o término do Conselho de Ascensão, a proclamação será lida do terraço principal do Palácio de St. James por um funcionário conhecido como Rei de Armas da Jarreteira.

A leitura da proclamação principal será seguida de uma salva de 41 tiros de canhão no Hyde Park e de 62 tiros na Torre de Londres.

Também serão lidas proclamações na City londrina – o centro financeiro do país -, nos portões do Castelo de Edimburgo, na Escócia, e no Castelo de Hillsborough, em Belfast, na Irlanda do Norte.

O hino nacional “God save the queen” (“Deus salve a rainha”) será imediatamente alterado para saudar o novo rei e assim passará a ser “God save the king” (“Deus salve o rei”). 

O monarca britânico não “toma posse” como acontece com outros chefes de Estado.

A coroação é o ponto alto da sua ascensão ao trono e é uma cerimônia simbólica: um serviço religioso, realizado na Abadia de Westminster e presidido pelas mais altas autoridades da Igreja Anglicana.

Luto comandado pelo novo rei

Abadia de Westminster
Legenda da foto, A coroação, que acontecerá na Abadia de Westminster, é uma cerimônia essencialmente simbólica

O primeiro compromisso do novo rei é comandar o luto nacional por sua mãe.

Uma grande e meticulosamente planejada operação já começou. Espera-se que cinco dias depois da morte, o caixão com o corpo da rainha seja levado numa tradicional carruagem de artilharia do Palácio de Buckingham ao Palácio de Westminster.

Ele deve passar três dias em Westminster Hall para que o público possa prestar suas homenagens.

Nove dias após a morte, deve acontecer o funeral de Estado da rainha Elizabeth 2ª, na Abadia de Westminster.

A Grã-Bretanha não vê um funeral de Estado desde 1965, quando morreu o ex-premiê Winston Churchill, que liderou o país na Segunda Guerra Mundial. 

Os funerais da princesa Diana, em 1997, da rainha-mãe, em 2002, e da ex-primeira-ministra Margaret Thatcher, em 2013, foram grandes eventos cerimoniais e não tiveram status de funeral de Estado. Nem mesmo a cerimônia fúnebre do marido da rainha, o príncipe Philip, duque de Edimburgo, em 2021, foi um funeral de Estado. Ele foi enterrado segundo o protocolo correspondente a uma cerimônia real.

Após o funeral, o caixão com o corpo da rainha será levado na carruagem de artilharia, conduzida por militares da Marinha até o Castelo de Windsor, onde a rainha Elizabeth 2ª será enterrada, na Capela de St. George.

Seus restos mortais ficarão ao lado dos do pai e da mãe.

Fonte: BBC News

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