A megaoperação policial que resultou em 64 mortes nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, gerou uma onda de críticas e comoção, tanto no Brasil quanto no exterior. A ação, considerada a mais letal da história do estado, reacendeu o debate sobre a política de segurança pública e a letalidade policial no país.
Reações no cenário político e social
No Brasil, a repercussão foi marcada por uma forte polarização. Enquanto setores da direita e parlamentares apoiaram a ação como um combate necessário ao crime organizado, ativistas, organizações de direitos humanos e políticos de esquerda classificaram o evento como “massacre”, “genocídio” e “chacina”.
A diretora da Anistia Internacional Brasil, Jurema Werneck, foi enfática ao afirmar que “chacina não é política pública”, criticando a forma como o Governo do Rio de Janeiro tratou o alto número de mortes. O caso também provocou uma troca de acusações entre o Governo Federal e o Governo do Rio, demonstrando a tensão política gerada pela tragédia.
O rapper Oruam, filho de um líder da facção criminosa alvo da operação, usou suas redes sociais para criticar a letalidade, chamando a ação de “maior chacina da história” e questionando o alto número de vítimas.

Imprensa e organismos Internacionais
A letalidade da operação ganhou destaque imediato na imprensa internacional. Veículos de comunicação estrangeiros noticiaram a ação, utilizando termos fortes como “imagens de guerra” e “operação mais sangrenta” para descrever o cenário no Rio de Janeiro.
O foco da cobertura internacional tem sido o questionamento sobre a legalidade e a eficácia de operações que resultam em tantas mortes, especialmente em comunidades de baixa renda. A repercussão global pressiona o Brasil a rever suas políticas de segurança e a cumprir as determinações de organismos de direitos humanos.
A Operação Contenção, com seus 64 mortos, superou o número de vítimas de operações anteriores e se consolidou como um marco trágico na história da segurança pública brasileira.
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