Um ataque ocorrido em uma das praias mais populares de Sidney, capital da Austrália, deixou ao menos 11 pessoas mortas e outras 29 feridas no fim da tarde deste domingo (14), pelo horário local, madrugada de segunda-feira (15) no horário de Brasília. A ação aconteceu na praia de Bondi durante uma celebração do Hanukkah, festividade judaica que reunia cerca de mil pessoas.
Segundo as autoridades, dois homens participaram do ataque. Um dos atiradores morreu no local e o outro foi encaminhado em estado grave a um hospital. Durante a ação, um dos suspeitos foi desarmado por um homem muçulmano identificado pela imprensa internacional como Ahmed, vendedor de frutas e pai de dois filhos. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que ele surpreende o atirador por trás e consegue retirar sua arma.
Em comunicado publicado na rede social X, o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, afirmou que “as cenas em Bondi são chocantes e angustiantes” e disse que o governo está atuando em conjunto com a Polícia de Nova Gales do Sul. Ele também pediu que a população acompanhe apenas informações divulgadas por canais oficiais.
A polícia local solicitou que testemunhas compartilhem vídeos e informações por meio dos canais de denúncia e informou que disponibilizou atendimento psicológico 24 horas para pessoas afetadas pelo ataque.
O atentado ocorre em meio a tensões diplomáticas envolvendo o reconhecimento do Estado palestino pela Austrália, anunciado há três meses em conjunto com Reino Unido e Canadá. Após o ataque, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, voltou a criticar a decisão australiana, alegando que a medida incentiva o antissemitismo.
Autoridades internacionais também se manifestaram. O Ministério das Relações Exteriores da Palestina e o governo do Irã condenaram o ataque e reafirmaram a rejeição a todas as formas de violência e terrorismo.
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